Preciso dum abrigadouro
Minh'alma é um estouro
A boiada disparou
Preciso duma abrigada
Para estancar a manada
Um freio abrigadoiro
Antes que caia no sumidouro
Não encontro segurança no espírito
Meu ser não é abrigoso
Não fornece abrigo a mim
Sinto toda a falta
Dum lugar abrigueiro
Dentro de minha mente
Um pensamento abrilhantador
Que abrilhanta a sabedoria
Um verso abrilhantado
Para tornar brilhante meu caminho
Reluzente meu olhar
Ornado meu crânio
Enfeitado meu semblante
Aformosado meu aspecto
Não sou um abrilhantadista
Sou um apagado
Sou um opaco
Um toco de vela largado
No fundo duma lata qualquer
Não sei nem da Abrilada
Acontecimento ocorrido
Em revolta portuguesa de abril de 1824
Revolução Restauradora de abril de 1832
Em nosso Pernambuco aqui no Brasil
Preciso duma pedra
Quero construir uma pedreira.
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