Não ando com o sentido do que produz
Ou do que causa alguma coisa meu pomar não é frutífero
O meu pé não é frugífero pois não ando bem do espírito
Com pensamento pestífero gerado de cérebro mortífero
Sou mamífero que pasta que está munido de tudo
Que é falcífero minh'alma não é ferócia com o
Que é errado nem o meu espírito usa de ferocidade
Com a ignorância nem é feroz com a mentira
Não usa de braveza com o ferrabrás injusto gostaria
Mesmo de ter o espírito ferocíssimo com a falta de percepção
Se pudesse bateria no arrogante seria ameaçador
Com o insolente sonhar que estou a ser destemido
Em defender a justiça pois na realidade bem
Sei que não tenho tal coragem só sei ser perverso
Com crianças velhos velhas outros animais
Inofensivos falta-me lucidez admiro covardemente
Valentão fanfarrão gelo na frente de ferrabrases
Até a ferrã serve para alguma coisa até o centeio
Que se ceifa em verde serve para alimentar o gado
Qualquer planta ou erva que se corta à foice
Em verde para o mesmo fim têm algum
Tipo de utilidade de produção de causa efeito
De impressão Senhor? já nasci ferrado
Com o crânio protegido por ferro com ferradura
Na língua agarrado ao que não sei se é
Passado presente ou futuro teimoso por não
Saber aceitar a realidade nem me libertar
Do ferrador do atarracador que me prende a estas
Ferraduras para que servirei se não sou peça
De ferro que se aplica nas faces inferiores das patas
Das cavalgaduras? para que servirei se não sou
Ferrageiro negociante de ferragens nem ferragista,
Ou comerciante de louças? se ainda fosse a
Ferragem o conjunto ou porção de peças de ferros,
Necessárias para edificações artefato guarnição
Pois invejo uma ferramenta me ufano dum
Instrumento um utensílio de ofício me orgulho
Dum ferramenteiro dum mecânico especializado
Que faz moldes ferramentas sabe fazer bem
Perfeito o que se deve de fazer na sua profissão
A abelha tem ferrão o vaqueiro o aguilhão a agulha
Tem a ponta os insetos o dardo e eus o que é
Que temos? o que é que tenho? nem a cultura tenho
Nem educação tenho o que é que tenho?
Falta-me dignidade de exercer com soberania
Minha cidadania me falta coragem para
Afastar do meu coração a minha covardia
Falta-me até a libido o tesão nem
Espermatozoides expilo mais para o
Tempo já acabou sou a pedra que ninguém
Pega para arremessar o prego que ninguém usa
Para pregar a peça que não serve para crivar
Impingir é o que é comigo aplicar golpe sujo
Dar murros em ponta de faca sou a rês que
O fazendeiro não quis marcar com o ferro quente
A vela que o marinheiro não quis colher o
Cavalo que não serviu para ferrar quem
Quererá me ornar ou me guarnecer nem
Tu Senhor? qual ferraria fábrica loja oficina,
Ou arruamento de ferreiros me acolherá? terei
Por ventura a sorte da ferrária gênero de plantas iridáceas
Estimadas por suas belas flores? terei a felicidade
Do ferragial campo semeado de ferrã ou cereais?
Quando serei um ferreiro ferrenho? nunca? não serei
O artífice que trabalha pertinaz nunca fui
Opinático nem fanático por nad se meu sangue
Fosse férreo minha alma cruel meu espírito duro
Meu ser inflexível meu coração resistente forte como
O ferro seus sais ferretoada nenhuma me derrubaria
Não me abalaria com ferroada crítica censura,
Nem pensar nada mais iria me acoimar me
Tachar de ignorante ou manchar a minha reputação
Nada mais iria me perseguir ou afligir meu ser sairia
Ileso de quem quereria me ferretar correria para longe
Talvez para o infinito que é mais perto para não deixar me ferretear
Não ando com sentido nem com direção sentimento emoção fim morri.
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