Quem é que me livrará deste pensamento farinhoso
Vindo deste cérebro farinhento de ideia que se desfaz como
Se fosse farinha ao vento? quem é que me livrará deste
Farinhado que parece principalmente frutos de polpa branda
Que se desfaz como em grânulos farináceos sem estrutura
Sem firmeza na base do espírito da alma? sem
Querer ser farisaico um ser falso um ente fingido ou uma
Pessoa hipócrita pois não posso passar a outrem a ideia do
Que não sou firme forte rígido inabalável o fingimento
É o que me causa vergonha falsidade hipocrisia pois é justamente
Deste paraíso de farisaísmo que devo aprender a afastar-me sem
Deixar-me seduzir pelo canto da sereia justamente onde
Quer que esteja escondida a verdade é que devo farejar onde
Quer que esteja oculta a realidade é que devo fariscar pode ser
No mais tenebroso terreno ou no olho da mais violenta procela
O que não posso é passar por fariseu como o membro da seita
Judaica que ostentava hipocritamente grande santidade
Para isto não tenho vocação não sou nem quero ser hipócrita
Nem pessoa que aparenta santidade ao não ter quero é
Ser o farmacêutico da minha dor o boticário do meu sofrimento
Aprender a apresentar remédios para a farmácia humana
Apresentar para a humanidade parte da farmacologia que trata
Do modo de preparar caracterizar conservar os medicamentos
Meu coração em chagas chora por uma botica um farmaco qualquer
Procurei por toda a farmodinâmica as ações os efeitos das drogas
Nem na farmacognosia encontrei substâncias medicinais
Antes de sofrerem qualquer manipulação a cura para o meu coração
Estudei o tratado da farmacografia li tudo que existe de
Farmacográfico consultei farmacolando fui até a parte da
Medicina em que se estudam as drogas em todos os
Aspectos não encontrei uma receita infalível todo o
Conhecimento farmacológico foi em vão ainda sou um
Doente portador dum coração doente procurei o mais
Destacado farmacologista o que mais se dedica tem mais
Respeito a sta especialidade não me deu resposta
Nem na farmacopéia tive solução nem no livro que
Ensina a compor preparar medicamentos achei resolução
Apelei para a coleção para o repositório de básicos gerais
Da farmacotecnia todo farnel farmotécnico possível Saí mais leigo ainda quanto às curas do coração as provisões
Alimentícias mais adequadas só mexiam com a ninha
Fisiologia a merenda para a jornada não supriu a parte
Espiritual o fardel estava vazio a matula não
Chegava para sustentar a alma quanto mais fardéis
Enchia mais vazio leve me tornava parecia
Mais um oco um vácuo sem faro para nada sem o olfato
Dos animais cheiro, ou indício dalgum norte de terra
Ou de lugar onde há farol para guia de navegantes
Até hoje não sei para que sirvo nem para farofa
Mexida com outros alimentos sem recheio cheio de
Bazófia fanfarrice é o que sei fazer farófia de farofada
É o que sei fazer fanfarronada é o que sei escrever
Perdi a jactância quando nasci o garbo que carrego
O de farofento de valentão que não sustenta uma briga
Jactancioso só sou com os fracos oprimidos quem me
Tem por fanal perde o rumo quem busca em mim uma
Almenara não chega a nenhum lugar quem olha para mim
Procura enxergar uma torre provida de foco luminoso
Que serve de guia é por que é cego quem me dera
Ser uma referência para os navegantes um sinal bem
Luminoso para a direção do trânsito nas ruas da cidade
Guiar este povo através do universo fazer com que este
Povo através de mim mude o mundo meu intuito
Fastigioso minha posição evidente é que toda
Gente encontre a resposta para a sua vida meu fastígio
É que cada um encontre sua solução no seu destino
Quero chegar ao ponto mais elevado que a realidade
Permitir ao ápice onde a verdade se encontra lá
Realizar-me espiritualmente a esperar os meus
Semelhantes o cume da realização é o amor a posição
Eminente de cada nação deveria ser a paz a disposição
De cada um da raça humana poderia ser como os ramos
Duma árvore quando a elevar-se dum ponto comum
Formam um plano horizontal dali todos para desvendar
A chegada do sol o prêmio do sonho não seria
Só o ornato que se colocava no alto dos templos romanoss
Se cada um fizesse com que seu semblante fosse fastigiado
O semblante das árvores altas frondosas, quantas pessoas poderiam
Se abrigar ao redor de cada um? quero ser grande
Mas não em tamanh almejo ser vasto imenso nunca
Fastiento na vontade de crescer não quero estar sem apetite
Para aprender a ser fastidioso com a sabedoria a nossa
Percepção também nos ajuda a sobreviver quando acordo
Olho o dia pedroso o trabalho enfadonho o sorriso impertinente
Do indiferente arrependo-me logo de não ter acordado morto
Dá-me vontade de ripar o dia para o resto da vida o
Pior de tudo é o sorriso do indiferente me mata só
Se parece com as fasquias nem se fasquiar guarnecer
Serrar desaparece do meu olhar é tão cara de pau
Que uma fasquia é pouco um pedaço de
Tábua só estreito longo a parte estreita alongada
Que se separou dum tronco de madeira é pequeno
Para moldar a cara de pau do indiferente abomino-o
Indigno-o em todos os sentidos direções aquela
Cara faseolar que tem forma de feijão é vista em quase
Todo lugar mas não é um estado homogêneo da nossa época
É uma evidência do nosso período mas o aspecto diferente que
As coisas vão a apresentar sucessivamente afasta o indiferente de
Nós seguimos nosso rumo com a nossa fase tal cada um
Dos diferentes aspectos que a Lua alguns planetas apresentam
Segundo a maneira como são iluminados pelo Sol o indiferente,
É o hoje terrorista como antigamente era o fascista a pessoa
Partidária do fascismo sistema político nacionalista imperialista
Antiliberal antidemocrático implantado por Mussolini na Itália
Que tinha por emblema o feixe fáscio de varas dos antigos
Lictores romanos à sua feição Hitler criou o nazismo na
Alemanha ambos foram erradicados após a Segunda
Grande Guerra o diferente é que é o fascinante hoje
Ser diferente é que é encantador é o que sabe fascinar
Encantar-se com uma flor deslumbrar-se com um voo de
Uma ave atrair-se por uma borboleta não se deixar
Dominar pelos encantos estéticos, superficiais midiáticos dos
Indiferentes o diferente realmente causa fascínio é o encantamento
A fascinação que não causam decepção nem frustração
O diferente não é frustrante não quer elogios nem
Ser laureado quer passar despercebido a perceber as
Coisas quer ser humilde bom fazer o bem não quer
Nada para si quer tudo para os outros só quer
Ser grande nos atos mudar mudar cada vez mais
Para melhor a melhorar cada vez mais a mudança
De cima de si retira toda a adjetividade bane
Toda a qualificação que o iguala com os normais
Com os indiferentes afasta-se sempre daqueles
Que cada vez mais se unem em torno do nada
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