Desafio cheio de dilema
Frente a um abismo cheio de precipícios
Atrás um universo a ser conquistado
Percepções extra sensoriais perdidas
Intuições abandonadas fantasmas de
Zumbis ectoplasmas sonâmbulos
Espíritos atormentados nada a oferecer
Às vidas vazias de almas sedentas de
Sangue não importa a qualidade ou
Venoso ou coagulado ou artificial ou
Contaminado com vestígios d'água
Ou álcool reminiscências da morte
A rondar o domingo fantástico faustões
Gugus silvios caldeirões precisava
Caminhar encontrar uma flor numa
Curva dum caminho além desviar
Das pedras dos espinhos dos
Seixos relava a pele esfolava os
Cotovelos ralava os joelhos
Luxava os tornozelos rompia os
Tendões distendia os músculos
Debatia com o corpo nos cascalhos
Não abria fenda nos rochedos
Não era o vento não era o tempo
Não movia uma montanha de lugar
As palavras que vinham
Ao seu encontro não batiam martelos
Nem bigornas não tocavam trompas
Ou trombetas ou trombones só
Encontrava ouvidos moucos de olvidos
Mercadores assim reunia mais letras
Doutros alfabetos desconhecidos ou
Sumérios ou aramaicos pre-históricos
Ou extintos pensava ter encontrado o
Novo ou letras novas as palavras
Eram sempre velhas ou as mesmas
Palavras empenhadas numa mentira ou
Ditas numa traição ou sussurradas
Numa falsidade ou ciciadas num sibilo
De víboras a sociedade é só uma
Selvageria as feras são as mesmas
Os animais não mudam os canibais
Estão famintos carne para os
Canibais ou muita carne para os
Antropófagos insaciáveis insatisfeitos.
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