Parasita em tudo
Preciso dum adminículo
Um auxílio supremo
Senão vou morrer
Necessito dum subsídio
Senão meu amigo
Não dá para sobreviver
Um pária em tudo
Um mendigo vagabundo
Um sem-vergonha
Não quero nada
Nem quero saber
O que tenho que fazer
Desejo ser só esta medalha antiga
Que vive cheia de ornatos em volta
É que até para me locomover
Anseio um apêndice
Igual o pequeno locomotor
De certas crisálidas subterrâneas
Não vivo sem um administrante
Penso uma admirabilidade precedente
A minha qualidade admirável
De pedir implorar
As coisas às pessoas
Vem desde criança
Como se todo mundo
Tivesse a obrigação
De sustentar esta alma
Digna de admiração
Por tamanha pedição
Só mesmo a admirar
Já não causo mais pasmo
Nem mais surpresa
Num instinto administrativo.
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