O meu furor interior
É uma admistão heterogênea
Uma misturação sem fim
Um ato de ajuntar dentro de mim
Tudo que há de mais ruim
É o ódio sem motivo
A raiva sem razão
A ira indefinida
O rancor sem ocasião
A cólera sem precedente
Como uma admitância
A propriedade pela qual
Um circuito elétrico é percorrido
Por uma corrente elétrica
Sob a a ação duma diferença
Dum certo potencial
Assim em mim também
Corre por minhas veias
Corre por meus circuitos
Minhas mágoas infinitas
Meu orgulho admitido de vingança
Aceito naturalmente
A violência a covardia
Satisfaço-me com o medo
Acolhido no peito alheio
Sinto prazer com o tombo recebido
Pelo semelhante junto a mim
Sou um ser admoestatório
Tudo em mim envolve admoestação alheia
Sou próprio para admoestar os outros
Não sei me envergonhar de mim.
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