quarta-feira, 29 de maio de 2019

Gostaria de poder usar o meu crânio como um cálice; BH, 0501202000; Publicado: BH, 0290502019.

Gostaria de usar o meu crânio como um cálice
E como uma caçoila ou vasilha onde se queimam
Perfumes ou um defumador onde a combustão fosse
O meu pensamento porém tenho mais é que morrer
Do que escrever tenho mais é que dar tiros do
Que palavras de conforto bater a caçoleta por
Não saber usar um cadinho de ourives para
Dissolver a substância nociva que existe dentro 
De mim dissolver no fogo as armas as capsulas os 
Cartuchos as espingardas os fuzis para que com
Isso possa aumentar o que há de diminutivo no meu 
Ego diga no meu cacografismo esse hábito mórbido
E essa prática crônica de má grafia de erros de 
Ortografia se salva-se alguma mensagem? nessa 
Escrita errada de vício cacográfico existe alguma 
Utilidade? ou continuo a só cacografar futilidades?
E como toda pessoa tem horror aos cacófatos 
Permaneço sem público enquanto o homem for 
Cacofonófobo a humanidade sofrer de cacofonofobia
Continuarei a morrer de fome ninguém dará Prêmio 
Nobel de Literatura a um cacofonista de escrita habituada
A cometer cacofonismo enquanto isso sigo com a falta
De referência a cacofoniar pelas linhas da vida até 
Atingir a evolução o crescimento literário na verdade
Ou creia-me escrevo na tentativa de ser útil à humanidade 
E de livrar a raça humana o ser humano dos comportamentos 
Cacófagos de ser atacados pela cacofagia pela
Degenerescência do paladar para a regenerescência que 
Não os leve a comer os excrementos na crueldade gerada 
Por os mesmos sei que ao falar revelo o tom cacoépico 
E a pronúncia viciada de acentuação prosódia da 
Minha cacoépia porém o mais importante é livrar a 
Humanidade da devastação interior acelerar a combinação
Como no cacodílico do ácido formado pela combinação de
Dois radicais metila com átomo arsênico um de hidrogênio 
E dois de oxigênio no cacodilato a designação genérica 
Dos sais esteres do caco do mau cacite
Do vaso especial para a decoada ou cacim usado pelos
Tintureiros no cubículo da câmara do quarto retraído num 
Recanto escuro ou num buraco tipo no jogo de bola ou 
Na gaveta dum cacifo ou na caixa dum cofre no cacifro dum
Cacifeiro que ao recolher no jogo as entradas dos jogadores 
Faz o cacifar sem antes guardar o do santo o do cacique 
Que não respeita a tradição da tribo para cacicar por conta
Própria o chefe político com habito cacical de última 
Geração vende uma dentadura por uma eleição ai que 
Saudade da cachucha da dança espanhola muito ligeira
Graciosa que fazia-nos esquecer um pouco da dureza da 
Realidade livrava-nos um pouco da caduquez da caduquice 
Do nosso destino do nosso estado da nossa ação de 
Caducos já que temos a razão embotada pela ação dos 
Anos a herança será só a maluquice a idiotice por mais 
Sadio que seja o nosso cérebro acabará sempre a transformar-se
Num cateteu ou num caititu ou num porco-do-mato que agora 
Abomina tudo detesta café-cantante antiga denominação de 
Casas que hoje se chamam dancings ou boates ou casas de
Diversões com músicas ou cantos acha que tudo é inútil
Não passa de besteira acaba a não passar nem na porta do 
Café-concerto não sente mais as saudades do cafeiral ou 
Das belas plantações dos cafeeiros só espera à tarde depois 
Do almoço quando algum filho cafeteiro prepara o café tanto 
Quanto o antigo empregado que servia a bebida nos cafés tal o 
Dono proprietário hoje é bem ralo com bastante 
Água até a cerveja tem que levar bastante água m pouco 
De açúcar apesar de ser da cafraria a região da África e 
Terra dos cafres de multidão de pretos de senzala por ironia
Fala que é descendente de holandês e descasca alguma 
Feridinha na perna e quando aparece a parte branquinha de 
Debaixo da pele da ferida chama todos com euforia a gritar 
Venham ver estou a ficar branco é um velho sacana porém 
Sem ser cafumango pessoa que não tem muitas qualidades
Como um cozinheiro que não sabe cozinhar não é inábil nem
Usa termo vulgar nem tem comportamento de cafunje ou de 
Larápio de moleque travesso gatuno apesar de sermos
Descendentes de homens da caverna ao fim dos nossos dias 
Sempre retornamos às nossas raízes tanto que a nossa última
Morada se não formos nos fornos queimados será uma cafurna ou uma 
Cafua de gruta ou uma sepultura numa grota ou numa loca se 
Formos nos fornos queimados voltaremos às cinzas ao pó dos quais 
Fomos feitos segundo as más línguas dos bocas tortas dos das antiguidades.

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