quarta-feira, 29 de maio de 2019

E nunca exerci a profissão de caixeiro viajante; BH, 0701202000; Publicado: BH, 0290502019.

E nunca exerci a profissão de caixeiro viajante 
E aliás exerci poucas profissões na vida caixeirar 
Confesso nunca foi o meu forte não nasci com o 
Dom caixeiral vender para mim é mais difícil do 
Que comprar já fui empregado do comércio mas 
O de baixa caixeiragem tanto que nem chego a
Considerar-me um componente da classe fiz 
Parte da caixeirada por pouco tempo mantive a 
Caixaria baixa o dinheiro que arranjei atrás de
Balcão ou de ambulante a perambular pelas ruas 
Pior do que o caíva pior do que o mato ruim
Foi carrasquento de silvas de terra estéril pobre 
De humo e menos do que caíba como um caetê 
Ou uma planta brasileira ornamental penso que servi
Muito menos não tive tanta utilidade de caitê de 
Cairense da capital do Eito ou do cairota que nasceu
Ou reside no Cairo ser útil mesmo é ser ter fibra
E filamento de coco excelente para fazer trançados 
E cordas sem o ar fútil com fita cadarço no 
Debruar do milho o orlar do galão o cairelar do 
Cairara a espécie de macaco que não conhece 
Caipirada não conhece acanhamento falta de 
Traquejo de cidade cuja caipirice não o impede
De gargalhar de sobreviver na caipiragem denunciada 
Por todas na sociedade tem que ter a caiadura da
Caradura sem caiar a cara ou fazer careação na caiação 
E caio do cainho a cainha da miséria a mesquinhez
Que seca a sovinice que desestrutura livra-me enfim
Senhor do Bonfim se ainda houver tempo a avareza
Mata não pretendo morrer na cainheza que vem do 
Latir dos cães da unha de fome do pão-duro do
Avarento do ser miserável que só sabe negar ou 
Cainhar pior do que um mendigo com defeito que 
Exterminou o caingangue indígena que habitava o sul 
Desde São Paulo hoje não ouvimos mais falar o 
Que houve não é difícil de imaginar até se pode 
Adivinhar foi obra da cainçada branca da cainçalha 
Colonizadora da cainça de grupo de cachorros que não
Respeita nem caimão anda atrás a perseguir couro de 
Jacaré crocodilo que com ação de Caim que foi o 
Nome próprio do primeiro filho de Adão Eva assim
Assassino de Abel hoje é sinônimo de fratricida ou 
Matador do irmão ou traidor ou pessoa má de instintos
Sanguinários livra-nos Senhor se ainda houver tempo
Tira-nos do caidor do lugar onde a gente cai onde 
Desce o gado no rio para passar a nado não deixa-nos
Morrer afogados em fundo caidiço ou caideiro perigoso
E quem cai frequentemente ali não volta aqui para contar 
A história o veneno da caiçaca a mais comum das 
Jararacas nacionais bothrops atrox lin não dá tempo nem 
De caibrar ou de pôr caibro no telhado que vem ao chão 
Por falta de caibramento o conjunto caibral mal feito que 
Fica então cãibo torto de tão câimbo tal galho onde o 
Caiarara macaco da família dos cebideos o cebus gracilis
Faz suas graças para a natureza conserva-a Senhor enquanto
Há tempo amanhã talvez não a poderemos achar será raro
O caiapiá a raiz medicinal do caapiá caiar não adiantará mais 
E a mão de cal não encobrirá a vergonha da devastação o 
Caiador para esconder a verdade não terá mais profissão ou 
Caiações estratégicas ou painel caiado ou revestido alvejado
Com cosméticos igual ao rosto da meretriz velha cansada
A face de cadela com caiadela para encobrir a dor do sofrimento
Da angústia de perder por caguira por azar no jogo por 
Acreditar no caiporismo lançado por maldição peso na 
Consciência o medo que transforma o homem em indivíduo 
Imprestável ou pequenino de corpo anêmico de alma covarde
E de espírito medroso nos atos fraco nas ações de caguincha
De cagotinho da epizootia que ataca os muares o cangotilho 
Que não querem livrar o capuz o filho de negro índio o mestiço
De cor negra ou quase cabelos corridos grossos o mesmo
Caburé filho deste Brasil infinito muitas vezes desprezado.

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