domingo, 12 de maio de 2019

Ontem lá vinha o sol insolente; BH, 02501202017; Publicado: BH, 0120502019.

Ontem lá vinha o sol insolente
Menino sebo nas canelas
Menino pernas para que te quero
Menino afundava nas águas de 
Esgotos lamacentas dos rios
Ontem não havia problemas com 
Frutas estragadas goiabas 
Bichadas arapucas armadilhas
Cachoeiras cachorros gatos
Grotas outros esconderijos
Muros territórios às vezes
Brigas de turmas rixas de ruas
Meninas muitas meninas que 
Exibiam as partes intimas ontem
Banhos de chuvas apostas de 
Corridas de maribondos de 
Cachorros bravos pular cancelas
Fugas de bois correr nas 
Pinguelas fazendas medos
Muitos medos das assombrações
De minha avó ninguém perdia
Para um pirata ou para um gigante
Ou até mesmo um dragão sem 
Ser São Jorge sem ter cavalo 
Branco ou lança mortífera à 
Noitinha antes da mãe chamar 
Para dormir era a hora de esperar 
Os discos voadores seus 
Tripulantes imaginários não 
Vinham nunca como nunca vieram
Nem nunca virão ontem era 
Imensidão madrugadas infindáveis
Nada de quimeras ontem eram
Terrorismos de irmãs que enchiam
O coração de pânico estragavam 
O sonho os palavrões terminavam
Em pimentas esfregadas na cara
Engolidas depois de mastigadas a 
Vida ontem teria sido mais feliz se 
As irmãs não existissem porém são
Uns erros de estratégia que o destino
Prega-nos  mesmo sem querermos

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