Estou um bagaço como um resto de fruta
Ou de qualquer outra substância espremida
Sou uma pessoa velha feia cheia de coisas reles
Um bagulho antigo no sentido literal estou nas últimas
E totalmente alquebrado enfim esgotado antes era
Um bagageiro ou um carregador de bagagem hoje
Sou a bagagem a mala sem alça carregado no
Veículo ou no compartimento destinado ao transporte
De bagagens ou esquecido no guarda-volume me
Vejo como um conjunto de malas objetos que as
Pessoas levam quando em viagem ou um balaio de
Taquara palha vime choro nesta balada neste
Tipo de poema peça musical pelo que sou não
Pelo que fui fui do balacobaco era um ser excelente
E disposto a tudo agora parece que levei um balaço
No coração ou um tiro de revolver na cabeça ou um
Tiro de pistola no peito a bala perfurou fundo o arcabouço da carcaça o
Projétil de arma de fogo me queimou destruiu como
Se fosse pequena pelota de açúcar solidificado
Aromado para chupar rebuçado impedido de
Ficar uma fera de me enfurecer com a bajulice dos
Que querem ajudar não diminuem a bajulação
Nem pólvora da cápsula de cobre afasta de mim os
Que só querem me bajular lisonjear servilmente ou
Adular coisa que não mereço puxar o saco então
Dum velho rabugento como sou é de doer os colhões
E o pobre do bajulador não se enxerga o adulador
Não se entrega quer ajudar mas não entende que sou
Um idoso idoso é igual ou pior do que criança é a
Época em que nos transformamos em nenês sentimos
De tudo no baixo-ventre passamos por maus momentos
Na parte inferior do nosso ventre a armação acessória
Colocada no teto dos automóveis destinada a transporte
De bagagens como o bagageiro se torna grande demais
Para mim pois com o passar do tempo vou a diminuir
De tamanho a murchar a virar bagana resto de cigarro
Ou charuto parcialmente fumados sou jogado em qualquer
Lugar como goia guimba a valer uma bagatela uma
Coisa de pouco valor visto como ninharia antes era bago
Como cada um dos frutos do cacho de uvas era o fruto ou
O grão semelhante era testículos hoje só os bagos feito
Bagre-bandeira ou certo tipo de peixe sem escamas comestível
Da família dos taquisurídeos de cor azulada com 50 cm de
Comprimento peso de até 4 KG hoje estou a dizer somos
Porém entenda-se sou um bau de pertences de trastes meus
Ossos são só bagunças confusões desordens só bagunças
Nas articulações nas juntas num esqueleto bagunceiro de
Caveira traquineira que só vivem a me pregar peças bah
Deixa para lá nada me exprime mais espanto dúvidas ou
Desprezos pelo menos penso assim não mereço mais o
Meu lugar na baia ou no compartimento nas cavalariças nas
Quais se recolhem cada um dos cavalos hoje viro no curral
Na estrebaria ou na manjedoura ou no relento mesmo daqui
Não vejo mais a baía ou o lugar reentrante da costa ou do
Golfo pequeno a não ser quando me olho a chorar no espelho
E aí vejo lagos rios mares oceanos de lágrimas inclusive
Baiacuarara o peixe da família dos tetradontídeos de comprimento
de até 60 cm baiacu-de-espinho que parece como o meu
Falecido amigo Zé Gordo assassinado no Rio de Janeiro com
Quatro tiros peixe da família dos diodontídeos que Deus tenha
Em bom lugar o Zé Gordo a sua cara redonda de baiacu que
Fique muito tempo lá sem minha companhia só não entendia
Porque é que baianada conjunto de baianos é sinal de fanfarronada
E de bazófia de baiano bagunça confusão penso que não tem
Nada a ver erro mancada fora ursada deslealdade pedirei
Ao Caetano para me explicar o baiano natural da Bahia merece
Respeito muito como o baião a música a dança bem marcadas
De origem nordestina acompanhadas pela bailadeira a mulher que
Baila no bailado na dança executada por um ou vários bailarinos
A interpretarem uma peça musical ou a bailar num bailarico ou em
Baile informal no bailado do bailarino solitário profissional dançarino
Na reunião de pessoas para chamar a atenção com severidade
Exibir predomínio sobre o adversário ou interlocutor que queira
Desmoralizar na arte de dançar os profissionais deste estilo secular.
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