Sentado em cima da Pedra do Arpoador
Olho para o mar d'água azul
Que reflete o céu
E de noite o luar da lua
Lua eternamente pura
Lua divinamente virgem
E fico triste com a tragédia homem
Que já possuiu a lua nua
Lua adúltera
Lua mercenária
Sentado em cima da lua
Olho para o mundo de longe
Mundo azul que quer me enganar
Quando chego perto e vejo
A conclusão de que não adianta chorar
E para o futuro se não mudar
E tudo vai piorar
Sentado no mar
De alma molhada
Fico com pena de mim mesmo
Desde quando nasci
O amor ainda não vi
E fico a sonhar sentado aqui
Sentado ali
E até hoje nada vi
Mas o mar continua a balançar
E a sua água a evaporar
E os peixes vão acabar
Não sei como vai ser aqui
Mas lembro que um dia
A chuva tornará a cair
E resistirei daqui
Sentado em cima da pedra do Arpoador.
Um homem que lamenta a maldade do homem. Um homem que na pedra também se faz pedra.
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