Não tenho alguém atestante
Para me arrimar agora
Na hora que mais preciso
Não tenho em que basear
Na hora de me defender
Nem sei quem vai aderir
Ao meu depoimento final
Todos só querem me atijolar
Ladrilhar-me com tijolos
Todo o meu universo
Sei que não sou atilado
Não sou inteligente
Nem sagaz nem fino
Sei que não sou elegante
Mas não posso ser assim
Crucificado enterrado vivo
Em cova rasa ignorada
Um dia posso atilar-me
Tornar-me aperfeiçoado
A coisa pode mudar
Hoje me encontro aqui
Um atilho humano
Qualquer coisa me ata
Um cordão de sapato me mata
Num átimo porém
Pode amanhecer o dia
Num instante talvez
Tudo pode mudar
De repente quem sabe
Chega a minha vez de chegar
Então vou atinar
Acertar na mosca
Descobrir tudo pelo tino
Notar a diferença
Compreender enfim a razão
Nenhum comentário:
Postar um comentário