sexta-feira, 20 de abril de 2018

Querer ser poeta; BH,01201001999; Publicado: BH, 0110502012.

Querer eu ser poeta
Um abana-casaca querer
Fazer poesia hoje em dia
Um tolo reconhecido abandejado
Bobo da corte do riso
Figurão desengonçado abandejador
Que tristeza carrego
Só mesmo pela abanação medíocre
Do rabo pela ação do abanar simplório
O mesmo que abanamento piegas
Operação mecânica pela qual
Separa-se o arroz da casca
Podes separar esta ideia de mim
Através do vento do abandejamento
Múmia de faraó abandonado
Amarrado de século a século
Ornado da cabeça aos pés
Vendado protegido com banda
Com tira de pano preparado
Para a conservação
Vivi na vida solitário
Longe do meu bando
Por minha abandalhação,
Meu procedimento imoral
De comportamento degradante
Hiberno dentro de buraco
Sem abandear com os outros
Nunca fui abandeirado
Ou embandeirado numa alegria
Ou ornado com bandeira de festa
O coração ofertado se fosse tão grande
Poderia até ter sido aos pedaços
Do abandejar aos necessitados
Na melhor forma de bandeja
O destino não veio
A sorte não foi servida
Do poeta só o abandejo
Do de morrer o desejo

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