João Batista era acridófago
Praticante da acridofagia
Tinha o hábito de comer gafanhotos
Segundo a Bíblia Sagrada
Todo acrido que via
Comia com mel
De abelha silvestre
Nunca experimentei
Pois tenho medo da acridogenose
A doença dos vegetais
Causada pelos gafanhotos
Loucura total incurável
Acromania de tanto procurar
O caminho da investigação
Filosófica do absoluto
Dos primeiros princípios acrológicos
Dos mistérios da acrologia
Os que não são compreendidos
Nem por meio de explicações
Acrobáticas profundas
Por isto sou um João Batista
Não paro de procurar
Não paro de me alimentar
Nas mais estranhas fontes
Quero é viver acroase
Minha impossibilidade de compreender
Prévias discursos muito eruditos difíceis
De raciocínio acriançado ingênuo
Comportamento com modos de criança
Ar leviano superficial
Por isto me foge a razão
Fogem as respostas
Que procuro nas perguntas.
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