E chegou à janela
Fiz sinal para que
Chegasse ao corredor
Já passava da meia-noite
E apareceu na escuridão
Só de camisola
Sem nada por baixo
Estavamos a sós no corredor
Mas fomos para o quartinho
Onde fica a lixeira
E lá dentro fizemos amor
Em pé mesmo
No meio dos detritos
E mordia a sua boca
E mordia a minha
Foi a maior loucura
Foi a maior sensação
No apartamento
Dormia o marido
O sono de paz
Eu destruía a mulher
Moía-lhe até os ossos
E delirava toda
Chupada e lambida
Mordida e babada
Depois do amor na lixeira
Voltava cambaleante
E via seu vulto doce
Via sua silhueta serena
Sumir na penumbra
Mas antes de sumir ao todo
Com os cabelos desmaranhados
Ainda me acenava com a mão
E voltava ao meu quarto feliz
Não sei até quando
Vai continuar assim
Mas enquanto durar
Vou aproveitar ao máximo
Vou fazer amor
E só amar
Não vou escolher lugar
É mulher demais
E o homem que a tem
Não sabe desfrutar.
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