Catarro expectorado
Duma pessoa caturra
Dum homem cru e
Escarro expelido dum
Escorpião de veneno mortal
Dum ser não sido cujo pão é
A inexistência que come no
Vômito de cada dia de peito
De fole sem fôlego dum forno
Apagado e sem calor que o
Pão não assou e o bolo solou
Duma carne putrefata cuja
Putrescência já chegou ao
Auge e a putrescibilidade não
Tem mais possibilidade duma
Restauração devido a grande
Teor pútrido de ser debilóide
E ababelado e feito de várias
Misturas e feito de várias
Confusões da carne e do corpo
E do sangue arterial transformado
Em venoso a causar a morte e a
Mão decepada que aperta o pescoço
Do dedo desvairado que puxa o
Gatilho ao nascer mais um defunto
Defumado para dar emprego a um
Coveiro que no aborto precisa
Matar a fome do abutre ou dum
Corvo sombrio ou dum urubu
Suicida desprezado pelo lobo e
Amado pela hiena um cão sem
Lei ou um cão sem dono ou um
Vira-latas dum cão belo dum
Belo catarro expectorado.
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