Às vezes quando estou deitado
E não consigo dormir
Não consigo pegar no sono
De jeito nenhum
Vêm à minha cabeça
Uns pensamentos estranhos
Umas perguntas estranhas
Que me deixam abalado
Fico a perguntar a mim mesmo
Quando é que vou morrer?
Que dia que vou morrer?
Onde é que vou morrer?
Se é enforcado
E me imagino a ser enforcado
Se é afogado
E me imagino a afogar
Se é devorado
E me imagino a ser devorado
Por mil tubarões
Ou outros predadores quaisquer
E me imagino a ser esfaqueado
A ser baleado
A ser linchado
E me imagino
A ser esquartejado
Ou a ser destripado
Que quadro mais horrível
Iria apresentar
E me imagino
A ser queimado vivo
Ou a ser morto
De tudo quanto é jeito
E até degolado
E depois de todo tipo de morte
Chego à conclusão
Que nenhuma dessas mortes
Nem todas as mortes que existem
Vão ser castigos para mim
Vão ser justas
Vão ser certas.
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