Estou abandonado e é por intransigência
Minha e o que penso, não é concretizado,
E o que sonho, não é realizado; e se
Tento a mentalização duma vontade,
E apelo a uma potência de poder, não
Sou atendido; estou alienado, indiferente,
Um autista num quarto escuro e todos
Vós vanglorieis por vossas audácias, vossas
Ousadias, de nada posso vangloriar-me;
E piso em ovos ao andar, as deficiências
Causam-me insegurança e como um
Produto sem garantia, não sou aceito
Pelo mercado, venci o prazo de
Vencimento; perdeis a confiança ao
Desconfiareis de mim, não passo
Uma força, uma fé, uma resposta de
Justiça; uma saída de esperança:
Sempre há o que espera alguma coisa
De alguém; sempre há o que diz
Assim: agora chegou a minha vez,
Agora chegou a minha hora, encontrei
Alguém a estender-me a mão; e
Minha mão está sempre vazia, tanto
Quanto o meu coração; e passo a
Decepção a quem sonhava que eu
Fosse a solução e por trás da pele
De cordeiro, sou é o problema,
Somente o problema; não há como
Não ser abandonado, ninguém é
Totalmente louco ao ponto de querer
Que eu seja de companhia; e não sou
De companhia, sou um animal de
Estepe, de solidão, um lobo solitário.
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