Meus camaradas e companheiros desta
Jornada da vida, pelos vales das
Sombras e da morte; meus amigos,
Vós verdadeiros amigos, onde estais?
Longe, muito longe, de qual lado da
Montanha? de lá onde nascem os
Ventos? as danças dos redemoinhos?
Meus marinheiros de muitos mares,
Muitos oceanos nas veias, e sóis nas
Peles; vós, meus amigos, vinde, o
Vinho será servido, é do mais nobre,
Da mais alta casta; lá no braseiro,
Defumam as gorduras tenras, assam
As novilhas; esperemos os novos
Companheiros? dancemos para os
Forasteiros a sorrir, a cantar, a
Rodar em volta dos universos, a
Capturar relâmpagos com as retinas;
Onde estais todos vós? meus bons e
Fieis amigos e companheiros,
Camaradas das guerras, das lutas
Sem fim; vinde, a mesa está posta,
Os cálices cheios a transbordarem;
Os inimigos quedam-se, não se
Atrevem, embainham as espadas,
Suspendem os arcos, afrouxam as
Cordas, recolhem as flechas; não
Se atrevem, não ousam, dão meia
Volta; unjamos nossas cabeças com
Óleo, meus camaradas companheiros
Desta jornada da vida, pelos vales
Da sombra e da morte.
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