Impressionante como as pessoas não se
Impressionam com as letras, com as
Palavras, e as fazem de insignificantes;
E não se sensibilizam com os pensamentos,
Não emocionam-se com os ventos; e
Penso que talvez eu seja muito bobo,
O único idiota da Terra, o último
Dos moicanos, que igual a um
Estúpido, vivo a tecer loas às artes
E elogios à cultura; e interessante,
Como perdemos o interesse pela poesia,
Como desprezamos os poemas, e o único
Ignorante que inda vive a perseguir
Borboletas, sou eu; ninguém mais vibra com
Um belo texto, com a beleza duma
Leitura, com o feitiço duma escrita;
E incrível como as pessoas abandonam
A logosofia, a filosofia, com indiferente
Melancolia, caem em depressão, ou
Suicidam-se, ou cometem os mais
Sórdidos crimes; é inacreditável,
Se me contassem, não acreditaria,
Mas tenho que acreditar, pois não
Deixo de perceber o pouco caso que
Somos capazes de causar com as coisas
Da vida; nem nas épocas medievais, ou
Feudais, onde os livros e os escritores
Corriam grandes perigos, penso que não
Havia tanta indiferença com o erudito,
Com o clássico, quanto há hoje; são
Muitos inimigos na mídia, dentro
De nossas casas, a exterminarem
A nossa parca sabedoria.
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