Corajoso em mim é só o cérebro
Intrépido é só o pensamento a ação
É outra coisa transformar com atos como
O que não tem temor é que são elas agir
Como o que não teme é difícil
Tudo que tenho de destemido em mim
Guardo bem lá no fundo de minha
Cabeça pois o difícil é não ter medo é
Não temer o impossível é não destemer
Será uma vergonha quando destelhar-me
Quando tirar as telhas igual se tira duma casa
Aí a verdade aparecerá deste que vos
Fala só sobrará a covardia destarte
Escrita só a temeridade ao ser assim
Só o temerário diante disso é o que
Sei demonstrar quando destapar ou tirar
A tampa como dalgo que estava tapado
Aparecerá o fedor do destampatório o mal
Cheiro da descompostura o odor da censura
Violenta que inibe castra ceifa mata
Pode destampar tirar o tampo do crânio
Tirar a tampa da cabeça olhar o cérebro
É o cérebro dum covarde é o cérebro
Dum medroso olheis o crânio destampado
Digais ao que se tirou a tampa digais
Que é dum despropositado dum
Desmedido que nunca encontrou o
Raciocínio a razão que nunca soube
Se destacar na virtude enviar fazer
Partir mensagens de anunciação fazer
Sobressair as boas novas iguais as que
Chegam a um destacamento a um
Corpo de tropa separada de sua unidade
Perdida na mata virgem sem fronteira
Sem esperanças ainda a ouvir desaforos
Dum sargento destabocado um superior que
Quando fala não respeita as conveniências
De tão atrevido que é o ânimo fica bem
Dessultório fica não persistente com
Aspecto que volteia não adiantar o enxugar
O suor não vai deixar de suar é o
Dessuar do medo é o molhar da covardia
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