Não recebo rendimentos de párocos nem dádivas nem benesses; BH, 060802000; Publicado: BH, 02601202013.

Não recebo rendimentos de párocos nem dádivas nem benesses De ordem nenhuma estou mesmo é desempregado não a usufruir Beneplácitos licença de trabalho ou consentimento de chefe para Gozar uns dias com aprovação por algum benemérito já que não Mereço honras o sócio que prestou serviços relevantes a uma Entidade não o sou não sou benemerente por justiça não Mereço ser digno de elogio não mereço recompensa meu Merecimento é o salário do pecado a morte nada existe de Salutar na minha benemerência não sou benéfico à sociedade à Família ao meio ambiente não aprendi a ser bondoso o meu Benefício não faz bem à natureza humana não faço caridade Nem por favor não trago melhorias às instituições no tratamento Seleção de produto agrícola não entro como benfeitoria nunca Tive lucro nem vantagem na vida dos direitos que na legislação Social, são concedidos a alguém através de benefício nunca Usufruí de nenhum nem sequer os conheço sei que existem não São para mim um marginal não beneficiável em meu favor não Foi constituído nada de beneficiário mesmo quando sou Suscetível a me favorecer a burguesia precisa a se reparar comigo A apurar igual metais lavrar adubar submeter tudo a Tratamento que me deixe em condição de ser consumido ou Utilizado ao beneficiar eclesiástico não pensar que está a Garantir a entrada ao céu o tal melhoramento em imóvel é um Beneficiamento próprio como misturar vinho com aguardente para Resistir as temperaturas baixas torná-las elevadas não sou Beneditino nem pertenço à ordem de São Bento não sou homem Erudito nem muito paciente passo longe de ser monge de praticar Beneficência de praticar caridade de ser beneficente coisas que Não sei o que são não tenho nem conhecimento é por isso que não Ouço ninguém me bendizer dizer bem de mim glorificar o meu Nome me abençoar não sou bendito na terra abençoado entre os Homens feliz em oração católica que começa com essa palavra Bendito não encontro a paz o fim da guerra da fome da Tragédia da desgraça da miséria da pobreza da injustiça Não posso receber benção nem esperar que alguém venha me Abençoar ou me benzer igual à minha avó fazia não procuro Cerimônias religiosas em que se benzem pessoas ou objetos A única pessoa mais velha respeitável que me abençoava Era a minha falecida avó Naninha mãe de minha mãe Maria da Conceição Santos Medina não posso ser bem-vindo recebido Com agrado no mundo não posso vir em momento oportuno Enquanto não acabar a hipocrisia a falsidade a mentira A ilusão a desigualdade no planeta enquanto não Acabar a burguesia enquanto não acabar a elite o Mundo não conhecerá a felicidade de ver um bem-te-vi Pássaro da família dos Tiranídeos voar pelo azul do céu Não posso dizer meu bem querer com tanto ódio no mundo Não posso querer bem com tanta raiva no coração não posso Estimar com tanto ódio dentro de mim não posso Amar a minha pessoa ser uma pessoa amada ter uma Pessoa amada por mim com tantos solitários no mundo Tantos abandonados desprezados só mesmo um bemol o Acidente que abaixa de meio tom o valor duma nota Musical para diminuir a ganância a vaidade o Orgulho da sociedade só mesmo o sinal que apresenta Esse acidente para diminuir do pedestal o bem-nascido O de boa família com teto com terra com salário Com comida com lazer com diversão com trabalho Com todos os tipos de bens o bem-me-quer da sociedade A planta da família das compostas a flor dessa planta a Adivinhação amorosa que se faz ao despetalar essa flor que O sem teto não conhece o sem terra também não o sem Comida sem bebida não sabe o que é o sem salário não pode Ser bem-humorado o sem emprego não pode estar de Bom humor não existe bem-feito entre os desprivilegiados Não existe bem-acabado entre os sem shoppings não Conhecem o ótimo o bem estar o estado de inteira Satisfação o conforto de proporção de riqueza o bem-bom Da opulência a comodidade do dinheiro a folga o sonho Da bem aventurança da felicidade celestial a glória eterna