Por mais que tento sair
Mais preso fico
Na sociedade estagnada
Desestruturada vil
As chances são poucas
A sobrevivência é o objetivo
Cada vez que me mexo
Apertam-se mais as correntes
Que me prendem pelos pulsos
Fui predestinado a ficar
Mil anos preso nas profundezas
Não posso emergir
Vir à tona é impossível
A poeira é meu alimento
Enxofre é o meu perfume
Os vermes das trevas
Habitam em mim
Estou encurralado
Não conheço a liberdade
Não conheço a saída
A esperança voou para longe
A perseguição aumentou
Todos estão atrás de mim
Querem minha carne
Meu couro para tamborim
Querem assar-me em brasas
Não posso morrer
Tenho que sofrer vivo
Com bolas presas nos pés
Por mais que tento fugir
Para mais fundo vou
Só daqui a mil anos
Que vou poder voltar
Para me sentir livre
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