Preciso passar por um abagamento
Um meio de abagar o líquido
Do qual sou sedimentado
Estou muito gordo inchado
Tenho que diminuir mais
O meu volume cúbico
Tanta água em demasia
Murcha o pé de plantação
Não estou abaganhado
A semente que deita casulo
Como o linho que começa a florescer
Ou frutescer pode cortar meu tronco
Tirar-me do solo pela raiz
Não vou abaganhar
Deitar bagos nos ramos
Começar a frutificar
Não sou o linho viçoso
Sou o linho que não abaganhou
Que abagou mal
Abagoado com o defeito
Meus bagos estão perdidos
Toda a bágoa caiu no chão
Impossibilitado de criar
Vi deitar por terra
O sonho de safra boa
Os grãos estão imprestáveis
Não dão para abagoar
Meus alqueires de esperança
Pensei que era um cavalo
Puro sangue tornei-me
Um xucro um pangaré
Pé duro de difícil trato
Abagualado com água
Em abundância no cérebro
Sou pessoa rude mal
Educada meus frutos
São esses aí junta tudo
Para a queimada
Nem a fumaça é boa
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