Meu coração quando te viu
Quando sentiu a tua presença
Nas adjacências
Ficou totalmente adormentado
Acalmado com a tua paz
Adormecido com a tua tranquilidade
Insensibilizado à dor
Ao sofrimento
Mesmo com o roer do adorbital
O osso que forma a órbita
Não perdeu o caráter de adoração
És o motivo adorativo
O ser adorado cultuado
Venerado muito querido
Por todo o meu coração
Neste falso adônico
Neste fajuto adônio
Esta tentativa de verso
Da métrica latina grega
Composta dum dáctilo
Um espondeu ou troqueu
Tento fazer chegar ao teu pensamento
Todo o adornar que não é meu
O tornar galante presumido
O embelezar-se do sangue arterial
O adornar-se de músculos fortes rijos
O adonismo deste cordiano
Com todo o narcisismo que guarda
Nas próprias entranhas
Meu coração quando te viu
Ficou em estado adormentador
Adormecedor sonhador
Com o suavizar do que é
O envolver-te em meus braços.
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