Segui a estrada que leva até ao céu A vagar sempre pelo espaço sideral Costurei o rombo de minha vida Com as linhas paralelas Usei o infinito como agulha de costura,
Teci ponto por ponto até chegar ao fim Prendi minhas calças com o cinturão de Kuiper Bati à porta em vão sem ser atendido Sufocado pelas batidas ansiosas do meu coração Se ninguém me queria presente ali Resolveram me chamar antes da hora Seria ali mesmo o meu lugar A pergunta não sei responder Sei que a estrada era sinuosa Terminava no seio duma luz natural Vi-me envolto num manto duma fonte Que emanava leite com mel Percebi que a minha nova casa Era justamente aquela ali A compensação pela vida ingrata Que levei até então A nova morada dum novo ser A nova espiritual dimensão Um alimento perfeito Que me guia à paz ao amor Eterno infinito sempre Tudo o mais que for duradouro Menos o mal desse mal agouro O exorcismo iminente da dor Ausência do medo do rancor Presença soberana do amor Todo o verdadeiro o puro amor |
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