segunda-feira, 6 de maio de 2019

Antigo LXXVIII; Aprender a ser rude; Publicado: BH, 0160102012.

Aprender a ser rude
Cabeça dura
A dizer sempre não
Coração mole
Cai logo
Não adianta fingir
Tem que ser frio
Rígido igual pedra
Não derramar uma lágrima
Ignorar até a hora da morte
Morrer a ignorar
Não agradar nunca
Quanto mais agrada
Mais insatisfação causa
Ficar estupefato
Na estufa o tempo todo
Deixar o tempo correr
Dar asas à imaginação
Soltar a poesia
Não prender nada
Nem no coração
Quem nasce burro
Morre burro
Nada muda
Ao bom entendedor
Meia palavra basta
Um pingo é letra
Inteligência não falta
A preguiça é que toma conta
Da mentalidade da gente
Nos tornamos dóceis
Chega disto
Basta.

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