domingo, 20 de abril de 2014

Nada nada nada procurei; BH, 0250902013; Publicado: BH, 0200402014.

Nada nada nad procurei
Passeei as vistas pelas paredes
Nada nada nada encontrei
Volteei o papel cheio de ansiedade
Uma angústia voraz nada nada
Nada todos os silêncios da
Madrugada gritam ao mesmo
Tempo aos meus ouvidos ouço
Pingos na pia da cozinha do
Chuveiro no box do banheiro voos
Rasantes de pernilongos cubro a
Cabeça com a toalha de banho
Espero nada nada nada
Se ainda tivesse tesão iria
Bater uma punheta fazer uma
Masturbação criar um calo
Na mão de tanto onanizar
Mas nada nada nada se
Pelo menos morresse de vez
Em quando para fazer alguém
Chorar se ninguém não
Chorasse quando eu morresse?
Será que ficaria muito envergonhado?
Morrer descobrir de repente
Que nenhum choro nenhuma
Lágrima foram derramados
Se inda tivesse alguma puta
Do meu lado era só pagar um
Dinheiro pedir para chorar
Mas até as putas me abandonaram
Não tenho nenhuma mais à minha
Disposição nem aquelas baratinhas
Das beiras das estradas, das praças
Escuras dos bares dos becos dos
Arredores das rodoviárias meu
Olhar voltou a mim meus pensamentos
Voltaram a mim minhas pálpebras
Piscam irritadas por cílios pestanas
Bocejo nada nada nada nada nada

Nenhum comentário:

Postar um comentário