domingo, 13 de abril de 2014

O mundo é dos bonitos não aprendemos; BH, 02501002013; Publicado: BH, 0130402014.

O mundo é dos bonitos não aprendemos
Desde da infância que sabemos que,
Só quem é bonito
Ou quem faz bonito chegam lá
A sociedade é dos bonitos
Não há um lugar para os feios na sociedade
O feio não tem nem família
Amigos amores
Todos só querem aparecer ao lado dos bonitos
Que são os escolhidos
Os convidados aceitos em tudo
Quando um feio se destaca
Faz de tudo para se descaracterizar
Se parecer com algum do meio dos bonitos
Gasta dinheiro se tiver
Compra de tudo que pode mudá-lo
Deixá-lo bem diferente da maneira que foi concebido
Penso que deveria haver um mundo dos feios
Uma sociedade dos feios
Sem a obrigação de ninguém querer
Ser outra coisa
A não ser querer ser a si mesmo
É uma ditadura brutal
Uma falta de liberdade que beira a estupidez
É uma imposição
Uma polarização miserável
Ai daquele que não enquadrar-se
Não encontrará espaço em lugar nenhum
Nem nas igrejas há mais lugar para os feios
Só vão aos céus os bonitos
Os que fazem bonito
Aos feios as ermitas os albergues
Os asilos os mosteiros
As celas solitárias
Menos as luzes dos holofotes das ribaltas
Donde brilham os bonitos

Um comentário:

  1. fato, em nossa sociedade liberal burguesa, não importa quem você é, e sim o que você tem não importa a essência e sim a aparência acho que seu poema expressa bem isso.
    Muito legal.

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