Meu apelido
Nestes meus dias de espanto
pergunto-me a mim mesmo ensimesmado
por que levantaste sobre teus quartos
e chamas-te a ti mesmo “homo sapiens” deslumbrado?
não governas o nascer do dia manhã
nem te escondes da noite fria terçã
o gavião dorme lá no alto independentemente de ti
o vento sereno rola nuvens de avelã
pássaros cantam arrulham bem-te-vi
e te chamas a ti mesmo te chamas mesmo de quê?
meu anjo é Gabriel meu anjosinho
colho as flores (quem as plantou) um dia não fui
o trovão rugia: “anjo exterminador!”
sua resposta é dizer: “homo sapiens sou?”
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