E passou a rebolar a bunda
Toda cheia de si e empertigou
O pescoço e levantou a cabeça
A me ignorar por completo e
Seguiu adiante a rebolar ainda
Aquelas nádegas divinais e
Passou igual a um carro de
Corrida e tal a um rolo
Compressor ou um avião a
Jato e parecia que ia à
Velocidade da luz e nem sequer
Olhou para os lados e só si
Empinou toda como uma égua
Enfurecida em desfile de
Concurso e saiu a saltitar bem
Fogosa com aquelas ancas de
Mula e fugiu do meu olhar e
Fugiu do meu pensamento e
Não deu nem para notar a blusa
Entreaberta e o declínio dos
Seios reais de tecidos celestiais
E esculpidos sob medidas e
Passou mesmo a tirar faíscas
De fogo da calçada e levou
Consigo e para bem longe
Aquele corpo sedutor e cheio
De vida e desejo e volúpia e
Prazer e que parece querer
Saltar de dentro das roupas
Para correr atrás do amor e
Do gozo do orgasmo e já
Passou e já virou a esquina
A mais de cem por hora e
Agora só amanhã vou ver a
Sombra dela passar a voar
Assim e a levar não sei para
Aonde tudo que existe em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário