No fundo do quintal
Da minha velha casa
No morro do Pau Velho
E me lembro muito bem
Tinha uma caixa d'água
Silenciosa e calma
Onde me acostumava esconder
Para sumir do mundo e correr
Das surras e das tacas da minha
Mãe e bem no fundo do quintal
Ao alto e nos meus tempos de
Infância no morro do Pau Velho
Ficava o meu forte que era a
Minha caixa d'água e ficava bem
No meio do mato verde e cheiroso
E perto do pé de imbu e do pé de
Caju e a caixa d'água era uma festa
E uma tradição a sua lavagem e
Quando era tempo de limpá-la e
Todo mundo lá de casa queria
Ajudar e ai que saudades que
Tenho do meu morro do Pau
Velho e da minha velha casa e
Velha e grande e sombria e ai
Que saudades que tenho da
Caixa d'água lá de cima e que
Era grande e solitária e cheia
D'água e ar e vida e onde
Chorava as minhas dores e
Guardava os meus medos e
Escondia os meus segredos
De criança e minha velha
Caixa d'água foi uma
Parte viva da minha infância.
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