Tantas são as coisas
Das quais preciso
E nem sei
De que é que preciso
E preciso
E só sei que preciso
Só preciso sei
E não sei fazer mais nada
Mais nada sei fazer
E gostaria tanto
De não precisar de nada
De nada mesmo
E sem ficar com esta psicose
E com esta neurose
Que me corroem
E querem me destruir
Não quero mais saber
De precisar de mais nada
Chega de precisar
Parece até doença
Parece até que sou doente
E que só vivo
A precisar das coisas
Não quero mais precisar
E a minha vida toda
Sempre a precisar
Sempre a sentir falta
Sempre necessitado
Não quero mais nada disto
Quero só me sentir outro
Mudado e transformado
Novo e modificado
Não preciso me sentir mais
A precisar assim de tantas coisas.
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