sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Que se saia alguma coisa de mim; BH, 070202000; Publicado: BH, 0300802013.

Que se saia alguma coisa de mim
Além do que sai fisiologicamente que um
Dia jorre um leite desta pedra uma água desta
Rocha caia um maná deste céu para confirmar
O ditado que diz donde que não se espera é que sai
Alguma coisa boa não donde que não se espera
É que não sai nada mesmo por isso espero que saia
Algo mais além do que sai normalmente no dia
Uma ideia brilhante iluminada não seria
Nada mal um ideal de justiça realizável
Também não seria nada mal já que teria que
Vencer a muralha que obstrui toda a minha busca
Já estou cansado de arrepender-me tento conformar-me
Sempre vem-me à cabeça a lembrança do tempo que já
Perdi não sei mais como recuperar tento até iludir-me
Fingir que está tudo bem que vou conseguir dar a volta
Por cima que vou sair do buraco sacudir a poeira reconstruir
A casa ruída destruída levada pelas correntezas da minha
Insensatez de néscio irresponsável perdido no lamaçal
Para ficar temporariamente fora de serviço fiquei
A eternidade inteira nunca inteirei-me das
Utilidades da vida da melhor maneira de ser útil
De servir a mim à família à humanidade
Recorro transitoriamente à uma maneira de sair
Do afogamento da mágoa do remorso recorro
A um meio de superar a insanidade que não
Deixa-me raciocinar seguir os passos da razão
Recorro ininterruptamente à saída da mediocridade
Superar esta sensação de pária de mesquinho
De vácuo que trago infinitamente dentro de mim
Morro não percebo passar esta sensação estranha
Este teor de vazio sem nexo sem estrutura de melhoria
Que se saia alguma coisa que comprove totalmente
Ao contrário que sou capaz eficiente que sou competente
Inteligente que não passa de engano a meu respeito
Só quero construir o que for bom o que faça o bem
Quero só superar o mau levar uma vida normal
Sem preconceitos sem dúvidas a respeito do futuro
De mim mesmo da condição de ser humano
Que levo que às vezes não é reconhecida
Não é interpretada nem respeitada por outrem
Quero só viver feliz não correr atrás dos lucros não
Ter a ganância pelos bens pelo dinheiro tudo o
Que vier a ter dividir irmãmente com quem
Não tem a fazer assim um equilíbrio onde não sinta
Tanta vergonha tanto complexo em existir ocupar meu espaço
Fazer as coisas que gosto a compartilhar com as pessoas sem
Esconder do sol que raia tal vampiro quando chega a madrugada
O dia ameaça romper a brilhar a luz do sol a esconder as estrelas
Hoje por exemplo sinto que não sei muito o que dizer
Apesar de estar confuso com o tédio a se apoderar
De mim arrasto-me neste fragmento de papiro
A tentar de qualquer maneira fazer sair algo que
Ao fim sinta-me satisfeito realizado tal
Amante depois do orgasmo com a mulher amada
Nunca saberei escrever com uma linguagem
Clássica tipo ireis desfrutar da cultura que crio ou crede
Que se amásseis mais do que sou na verdade procurarmos
Iguais os mesmos caminhos cobertos de cardos espinhos
Um dia aprenderei todo o segredo da escrita então
Deixarei cantar o meu coração sobre qualquer folha de papel
Em branco sobre qualquer papiro sem utilização
Nosso malogro é que ficamos intimidados mesmo
Quando o serviço é pago bem pago ainda assim
Não exigimos deixamos a intimidação nos tolher
Deixamos a timidez se apoderar de nós nos calamos só uivamos
Só gritamos de dor de fome não gritamos nem uivamos
De indignação pelas ações de injustiça covardia
Que a todo dia deparamos perante nossos olhos narizes
Não uivamos pela nossa evolução pela nossa modernização
Pela nossa libertação da mídia por querermos ver
Diante das nossas necessidades o manancial da cultura
Do saber do conhecimento da elevação da razão
Antes da assolação pelos meios do consumo predatório
Que destrói o cidadão o segrega à uma segunda
Condição uma condição que não condiz com a
Realidade com a verdade sim com a ilusão
A falsidade de todos os tipos a mentira imperial
Livra-nos Senhor do mal da televisão
Afasta-nos da mídia da globalização
Do neoliberalismo predatório irracional que
Só causam a nossa morte mental cultural cerebral
Não sei como se pode sobreviver numa sociedade
Que despreza seus valores humilha os próprios
Componentes destrói toda tentativa de saída do
Meio de libertação de independência a deixar
Humilhados aqueles que não fecham com
Cartéis com os mega especuladores manipuladores
De opinião de comportamento falsos ditadores de moda
São todos dignos de pena paupérrimos de espírito
No meu caso mesmo a não estar incluído
Na lista dos abençoados iluminados portadores
De fé de de paixão sinto-me isolado fora da baixa
Corja da baixa formação sem teor intelectual cultural
Estou mais para Lobão do que para inteligente estou mais
Para independente do que dependente que mesmo a
Nadar em dinheiro não carrega em si nenhum valor crítico
Mesmo a nadar em dinheiro não carrega em si
Nenhum princípio nenhum valor ético moral
Tais quais os pastores da Universal hoje chamados de
Bispos que falam no Evangelho a nadar em
Dólares pelo mundo a fora de que valeria-me
Esse evangelho nababesco de ternos de cortes de
Linha relógios carros importados mansões
De que valeria-me esse evangelho qual é a
Salvação que posso ver assegurada nele a
Não ser a salvação do dinheiro pelos dólares?
Se a minha ida para o céu depender de
Passar pelo crivo da Igreja Universal do Reino de
Deus não irei para o céu nunca nem eu
Nem mesmo os bispos que fazem os seus céus
Aqui mesmo com uma vida digna de deuses
Acredito que para se falar no Evangelho temos
Que renunciar a tudo até a nós mesmos não
Levar uma vida na aquisição no ajuntamento
De bens principalmente a usar o dinheiro que é
Arrecadado com dízimos do salário suado dos
Fiéis membros trabalhadores que frequentam a
Tal famigerada igreja onde em nome da fé
Doam tudo para engordar as contas bancárias
Dos bispos pastores da hoje chamada seita (1)

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