Minh'alma parece uma urana uma espécie de morfeia
Que se manifesta por manchas que lavram por todo o
Corpo a urautina a urautínea princípio amargo das
Laranjas também está presente em minh'alma não
Trago em mim o valor do auri do latim auru o ouro
Designado designativo o auri do latim auris a
Orelha do ouvido que trago de enfeite nos dois lados
Da cabeça não me transformei em auriculado minha
Metamorfose não é guarnecida de aurículas o que
Carrego de auriculiforme é o que tem forma de orelha
De elefante de abano me detenho no detalhe auriculoso
A aurificação interior não é a mesma obturação dos
Dentes careados com folhas de ouro pois não faço
Trabalho em ouro por não ter o segredo do aurífice o
Ourives profissional o segredo perdido da alquimia o
Aurífico que mudava transformava o metal em ouro
Levanta a auriflama antigo estandarte vermelho que os
Reis de França recebiam do abade de S Denis quando
Iam para a guerra a bandeira da esperança o pendão
Branco da paz as conchas marinhas bivalvas que têm
Forma de orelhas auriforme fulgente como o vaga-lume
O pirilampo de festa noturna das trevas o cocheiro da
Auriga infinita a constelação boreal extrema onde se
Escondeu o aurigastro o menino aurogástreo auriginoso
Da febre acompanhada de icterícia que predomina na
Nossa infância abandonada o meu amor não percebe
Que é aurilavrado que quero envelhecer com ela com
Lavores quero auriluzir na nossa velhice cercado de
Nossos filhos sem aurir sem alucinar na insanidade da
Demência senil decrépita fazer com que todo nosso
Amanhecer ainda seja aurirrosado que todo nosso
Dia seja aurirróseo rosado perfumado como nos
Nossos tempos de juventude de versos de poeta o
Aurívoro que devora ouro ao gatador inveterado o
Dissipador de riquezas aurito de orelhas grandes
Animais que têm o ventre amarelado que nas noites de
Amor se ver um auroque um boi selvagem um bisão
Europeu que impropriamente quer estender até o
Aurorescer o começar a romper o dia até depois do
Auroral o auro real infinito que nos faz lembrar o
Aurito que tem orelhas grandes pergunta ao áuspice
Ao arúspice o que será o destino pergunta ao áugure
O que será o amanhã o adivinho cheio de manha só
Nos sabe enganar pois não tem poderes de nos içar
Feito velas de embarcações como a austaga que pode
As velas levantar o tempo austrífero que traz chuva
Ou vento do sul de acordo com o austro nada da
Autarcia nos serve de qualidade pois o que nos
Basta? nada se basta a si mesmo nem tudo pois não
Nos governamos como o autocéfalo o bispo grego
Não sujeito ao patriarca a caixa de descarga o
Autoclismo de que todos somos reproduções dum
Escrito dum desenho obtido por meio de autocopista
Que faz autocopiar a autocopia copiografar o
Copiógrafo que comenda a máquina da avania como
O vexame que os turcos infligiam aos cristãos uma
Verdadeira única afronta pública tratamento
Humilhante vil de nada valia avalentoar-se
Tornar-se um valentão insurgir-se ou insubordinar-se
O cristão não sabia da real avalanche que vinha pela
Frente tipo queda rápida de geleira como a invasão
Súbita de gente de animais na queda estrondosa de
Coisas paradas sobre as cabeças dos cristãos condenados
Por alguns autores como os que condenaram o galicismo
O aportuguesado do francês a exigir uma substituição
Por alude que entretanto não tem vingado o cristão
Está aí mundo todo tal avalanche de determinação
Para encher cercar de vales as almas perdidas da
Humanidade que ainda resistem nos vales da perdição
O cristão continua a avalada os espíritos vãos
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