quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Senhor não quero nem posso bater as botas agora morrer; BH, 0110802000; Publicado: BH, 0150802013.

Senhor não quero nem posso bater as botas agora morrer
Preciso descalçar-me resolver as dificuldades da minha vida
Não quero o calçado que cobre-me os pés parte das pernas
Quero as pernas os pés cicatrizar a bostela a pequena
Ferida com casca crônica prosa pústula Senhor não
Posso fazer ainda o meu bota-fora não tenho motivos
Para uma despedida festiva como se estivesse num ponto
De embarque ainda não construí a minha obra-prima
Não criei a minha obra de arte o livro dos meus sonhos
Sei que um dia vou porém não deixas que seja
Antes de sair o meu livro a boutade da minha
Esperança o dito espirituoso da minha vida o bote
Que me lançará para a posteridade como o salto brusco
Do animal sobre a presa ou o golpe com a arma branca
Dado no peito do adversário minha canoa é pequena
De auxiliar de recreio igual a um escaler é com o barco
Que atravessarei os oceanos os mares até chegar aos portos
Seguros meu botão precisa desabrochar estou no estágio
Da flor antes de abrir sou um broto em formação uma
Borbulha uma pequena peça geralmente em forma de
Disco que se costura ao vestuário para que se prenda
Às casas pois estou no início aquilo que ainda não se
Desenvolveu vivo a dizer com os meus botões a
Monologar Senhor que ainda não posso ir antes
De botar o meu ovo pôr o meu óvulo colocar a minha
Célula lançar o meu espermatozoide crescer finalmente
Desenvolver-me chocar os meus ovos igual a uma ave
Que cada livro seja arrancado de mim numa eutanásia sem
Anestesia por um boticão uma tenaz para arrancar dentes
Deixados de herança para a população que venham
A ter utilidade como a botânica a ciência que estuda
Os vegetais o conhecimento do botânico relativo indivíduo
Especializado o boteco da esquina do boticário que bebe
No estabelecimento modesto que vende bebidas a varejo
O farmacêutico no botequim da pinga na botija garrafa
De barro louça borracha ou grés da cachaça na moringa
O flagrante do botijão do grande bujão recipiente metálico
Que contém gás de cozinha engarrafado Senhor
Transformas-me num boto cetáceo provido de dentes marítimo
Ou fluvial do tempo do botocudo indígena da tribo dos
Botocudos hoje extinta pelo ignorante da cultura branca
Pelo retrógrado cultuador do progresso tudo isso quero deixar
Registrado no meu livro como um bico na canela de
Botina de calçado de cano mais curto do que a bota
A abertura da casa do botão a bobeira o botoque a calma
Do bovino o berro do boi o balet do boxeador do boxador
Do lutador de boxe o esporte no qual dois contendores a calçar luvas
Acolchoadas lutam a socos pugilistas lutadores cada um dos
Componentes tenta abater o outro da cavalariça da baia do
Banheiro para banho de chuveiro do rapaz
Do menino empregado em hotéis repartição escritório o
Boy para executar pequenos serviços recados tudo isso
Pretendo deixar na brabeza do povo na braveza da nação
O brado bravo zangado o brabo do grito uivado cada
Braça de escrita antiga medida de comprimento que
Era equivalente a 2,2m unidade do sistema inglês
De aproximadamente 1,8m jamais será aquilo que se
Abranger transportar como o braços a braçada os
Movimentos que se fazem com os braços ao nadar o
Autor braçal o trabalho penoso que se faz ao escrever
A ostentar a braçadeira de capitão faixa circular presa
À manga do vestuário para servir de distintivo peça de
Metal que toma a forma que sustém ao longo de superfícies
Verticais do bracejamento o mover do corpo o gesticular
Com os braços o estender pelos lados como se fossem
Braços o bracejar do bracejo do bracelete que
Prende a alma perdida no braço da morte

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