E mandei-te ir embora
A livrar-te de ti mesma
E és a tua maior inimiga
E és para ti
Que perdes sempre
E dês um soco em ti
E dês um tapa
E dês um soco
E desmaies ou dês
Uma mordida e
Um beliscão e batas
Sempre e leves uma
Surra que é para
Aprenderes a ganhar
De ti mesma e na hora
Em que mais precisares
De ti mesma é a hora
Que te trais e te entregas
E ficas branca ou vermelha
Como fores e te libertas e
Abras o ventre e jogues tuas
Tripas na calçada e vomitas
O teu vômito em ti que é para
Sentires nojo de ti mesma e
Que é para sentires a tua
Própria sujeira e te mandes ir
Para a lua e te mandes ir para
Outro planeta e vivas aqui na
Terra e vivas aqui no mundo
E viva o mundo em paz e feliz
Até o último dia de tua vida e
E te mandes a ti mesma ir
Plantar batatas e te jogues num
Abismo e cubras com concreto
E levantes um edifício em cima
E fiques enterrada lá para
Sempre e cuspas em ti mesma
E comas teu catarro de cada dia
E cheire tuas fezes e bebas tua
Urina e verás que não podes
Ficar presa em ti e vais te dar
Valor e vais te libertar de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário