É que pensei que pensava
Um dia acordei vi que não pensava nem
Sonhava vivia na ilusão de que existia
Enganava a mim mesmo aos meus
Semelhantes minha mente não é capaz
De emitir um sinal de vida por maior que
Seja o estímulo não consigo reagir passo
Incólume invisível por entre as pessoas
Sem ser percebido mas molesto a todos que
Tentam se aproximar com minhas bizarras
Ideias de conteúdo mórbido de estupidez
Tenaz até que tento moldar meu
Barro segundo a imagem de Deus soprar
Nas minhas narinas permitir que das
Minhas costelas sejam feitas quantas
Mulheres derem não somente uma
Viver de acordo com as normas do Éden
No paraíso para não ser expulso dele
Quero comer da árvore da ciência do
Bem do mal sem ser tentado por uma
Serpente todo mundo tenta algum
Prazer de acordo com a própria vontade
Livre arbítrio animo disposição atitude
Mas com a futilidade que nos cerca
Com a mediocridade que nos acompanha
Torna-se quase impossível sonhar ou
Até mesmo pensar existir então? é
Quase nula a existência é quase
Imperceptível a alma insensível o
Espírito então a única maneira é
A enrolação vou enrolar minha
Lã enrolar meu cordão fazer
De conta que sou gente que
Ainda existo apesar da situação
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