Fumo um cigarro sem saber para que
Bebo todas mesmo sem estar com
Sede como tudo ao estar bem
Saciado estou mais para um hipopótamo
Barriga boca grandes cérebro pequeno
Pensamento inglório até hoje
Não sei qual é o meu papel
Nem tenho a importância como
A formiga tem na biodiversidade
Tudo em mim cheira ao falso
À dúvida à incerteza minha
Alma é mofo meu espírito
É lodo bolor sou um ser
Dos pântanos ente das ruas de
Canto entidade que lateja nas
Trevas todos que chegam perto
De mim sentem calafrios temor
Só sei causar horror não dou
Felicidade nem a uma flor me
Sinto mal depois de tudo que
Faço nunca fiz o bem a alguém
Meu nome é Ninguém traspassei
O olhar de todos com um tição em
Brasa ceguei os amigos traí
Falsifiquei não tenho amizades
Nem sou amigo do rei bebo só
Fel feio desajeitado rastejo
Não ando vegeto não vivo um
Zumbi sem Palmares censurado
Impróprio para crianças renegado
Maldito nunca sairei do
Círculo da loucura nem da
Alcunha de estigmatizado tudo
Para malgrado meu também
Pudera quem me mandou a não
Aprender se tivesse aprendido
Saberia a viver as coisas estão aí
Sou o que não estou em lugar algum
Só no meio dos mortos meus cúmplices
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