Falei para ela que o meu coração
Prestou juramento sem condição
Se arrastou pela calçada da melancolia
Pois mesmo ajuramentado foi desprezado
Sentia-se como a ajuntoura a pedra firme
Que vai duma à outra face da parede
Da noite para o dia justamente por isso
Se tornou acumulável às mazelas um
Ajuntável a todos os sofrimentos por se
Ver levado ao lugar onde se juntam
Águas das chuvas ou enxurradas de
Lágrimas no ajuntadoiro pranteado
Não comoveu com o seu choro a
Dureza de todo o concreto que
Cercava o ajuntadouro de pedra que
Era o rosto dela que formava o
Coração daquela donzela ficou
Ajuntado a outros corações
Abandonados somado aos corações
Mendigos unidos na mesma dor de
Amor agregados ao mesmo mal da
Paixão daquelas mulheres que
Ajuntam cosem as peças rasgadas
Com se fossem superiores que não
Servem nem para solas dos calçados
Só uma ajuntadeira de aventuras que
Fez o meu cardíaco se sentir ajuntado
Triste de desespero na aparência de
Jumento brejeiro toda a culpa foi é
Mesmo minha que falei que me podia
Fazer de carpete de tapete de
Capacho também o meu apaixonado
Coração que não é mais ajuizável
Que não se pode mais ajuizar pois
Perdeu o juízo perdeu a razão
Não é mais o avaliador da própria
Situação não é mais o ajuizador
Da própria satisfação
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