Não suporto mais ficar assim
Tão alongado no sofrimento
Como gostaria de ver a dor
Bem afastada de mim
Distante a angústia
Longínqua a agonia
Bem encompridada a felicidade
Mas parece tudo um sonho
De irrealidade de ilusão
Parece tudo um pesadelo
Quanto mais tento
Mais uma alonga me liga
Como um tubo de vidro fusiforme
Que se adapta às retortas
Balões nos laboratórios
Cheios das minhas cobaias experimentais
Não consigo impedir logo
O meu paramorfismo
A transformação mineral que sofro
Noutro sem mudança
De composição química
Da mesma forma é o alomorfismo
Possuo forma diferente
Sou o mesmo alomórfico
Na desordem perversão
Da linguagem que uso
De origem central alolalia
Totalmente incoerente
Que não tem alojamento
Em qualquer mente de razão
Que não tem alojo em coração
Ouvido nenhum quer alojação
Não existe como alojar
O pensamento sem ação
É aloinado de amargo
Cheio de aloína fel
Glicosido é o estado amorfo
Da aloetina da minha vida
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