terça-feira, 25 de setembro de 2018

Quando crescer o suficiente; NL, 0140302009; Publicado: BH, 040402010.

Quando crescer o suficiente
Minha cabeça transpuser o azul do
Céu meu pescoço o firmamento
Com a minha visão então
Puder vislumbrar o que há doutro
Lado me sentirei um ser realizado
Do lado de cá já não quero saber mais
De nada o que almejo agora é o lado
De lá depois do caos depois do vácuo
Depois do infinito onde os espelhos
Se encontram o que quero saber
É do nascedouro das estrelas do berçário
Das estrelas do lugar onde as estrelas
Dormem só chegar de mansinho
Para não acordá-las zelar pelo sono
Delas senti-las sonhar depois cantar
Minhas cantigas ser amigo delas me
Enamorar pela mais bonita a mais
Bela a rainha a princesa a mãe
Aqui tudo que tinha de acontecer
Já aconteceu tudo de podre em
Todos os reinos muito mais ainda do
Que imagina a nossa vã existência
Aqui não há mais nenhuma
Novidade consumo rotina tédio
Solidão estou para ir para outra
Dimensão se evoluí ou não não
Sei dizer involuir não foi o meu
Querer minha cabeça já não me
Pertence meu corpo também não
Minh'alma não tem dono
Meu espírito antes de mim
Vagou por todos os planetas num
Reconhecimento de terreno agora sou eu

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