Quero me esgotar o máximo
Que puder para poder me
Ver livre de mim faço mal
A mim mesmo aos meus
Semelhantes quero ir para uma
Ilha deserta ou o alto duma
Montanha ou um deserto sem fim
Preciso ficar bem longe escondido
Bem distante de mim o único
Refúgio que encontro é o álcool
Mas para onde o alcoolismo leva
Muitas vezes não quero ir
Tenho que ir obrigado
Não gosto de fazer nada por
Pura obrigação quero voltar
Para a caverna acorrentar-me
De novo junto aos meus prisioneiros
A realidade me matou a verdade
Destruiu-me meu mito ruiu
Não sou mais aquilo que
Pensava ser não sonho mais
Pareço dormir eternamente
Quero acordar desta insônia
Sair deste pesadelo que a vida
Teima em me deixar meu
Espírito já não suporta mais
O fardo que tenho que carregar
Onde estou? me pergunto
Não sei a resposta a rocha que me
Sustentava virou pó o vento me
Dispersou como se eu fosse
Poeira virei imagem simulacro
De espelho velho meu esqueleto
É virtual não mais aquele de marfim
Descoberto na tumba do faraó
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