terça-feira, 18 de setembro de 2018

Simplesmente agredido por porradas na cara; BH, 0150102000; Publicado: BH, 040702012.

Simplesmente agredido por porradas na cara
Simplesmente porque queríeis que a minha
Poesia não tivesse atacado ninguém nem
Ofendido a elite a burguesia as quais
Persigo em demasia água-fortista de obra
Aquafortista queria banho d'água-florida
D'água de cheiro de colônia que servem
Para lavar as escadarias do Bonfim com
Toda a minha seriedade sem aguadilha de
Linfa ou serosidade de humor semelhante
A água não a que desperdiço do meu
Aguadeiro lacrimal do meu distribuidor de
Água do choro cubro-me com capote
Para resistir a da chuva o seu perfume
De terra-molhada meu pranto aguado
Não teve mais fim saturado que estava
De mim cavalo que por muito tempo de
Descanso ficou tão gordo barrigudo
Que não pode mais fazer uma longa
Marcha meu chororo aguacento
Semelhante água impregnada aquoso
Derrama aguaceirada de grande
Aguaceiro como a saliva que se
Expele da boca por indisposição do
Estômago que só pode ser
Aproveitada num beijo sedento
Meu espírito é um aguaçal
Infinito um pântano coberto de
Mosquitos monstros esquisitos
Um charque local estagnado
Onde a enxurrada leva de aguaça
D'água-braba de suco leitoso de
Mandioca ralada ou obtido por
Espremedura tipo a que é a
Água-de-goma manipueira chorosa

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