Procuro nos labirintos subterrâneos
Uma porta para mim que essa porta não
Esteja fechada que esteja escancarada
Que caiba minha passagem com folga
Não sei se estou a procurar no lugar
Certo nem sei se estou certo se a
Hora em que se abrir será a
Hora certa de minha vida toda porta
Em que bati aqui na superfície foi
Aberta fechada com estrondo na
Minha cara quase a achatar o
Meu nariz aqui na superfície são
Inúmeros os muros as paredes as pontes
Intransponíveis os buracos as cavernas
No manto posso fazer uma rede de
Túneis cavar galerias por fim tentar
Construir uma escadaria que me
Traga de volta à realidade degrau
Por degrau galgarei lentamente
Até chegar ao estágio dum homem
Superior aí então jamais voltarei
Ao mundo subterrâneo não precisarei
Mais dele só o terei como uma
Experiência em que fui a cobaia
Sem mágica sem sacerdote sem
Mago que faz chover sem reunião
De bruxas sem entortadores de metal
Ou aqueles que esperam materialização
De espíritos leem mãos mapas astrais
Outras digressões o homem é sempre
Um animal sozinho solitário só
É o seu destino o destino
O vejo como um amental consciente
Como um débil mental inspirado
Iluminado por uma lucidez inexplicada
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