Passo os dias a escrever o que não quero saber
Pois sem isso não posso viver passo as noites
A sonhar que um dia ainda um livro irei
Publicar que seja realidade ou que
Seja ficção mas é o que manda o meu
Coração não sou escritor de primeira
Mão muito menos poeta de maior
Dimensão tenho só uma vontade
Que independe de mim que me
Leva de vez em quando a escrever
Assim aleatoriamente sem pé
Sem cabeça sem início meio ou
Fim sei que não fico satisfeito
Nem vou satisfazer alguém porém
Saio do porão fico no alpendre
Papel caneta na mão a esperar
Surgir do assoalho o que tenho
Que libertar quando estou na
Varanda fico a olhar os pássaros
Que estão a voar mamãe ralha
Comigo menino vai trabalhar
Para de escrever que isso não dá
Dinheiro procure algo para fazer
Deixa de olhar o tempo pensar
Besteiras mamãe não quer me
Entender me bate para me educar
Sem saber que vai me arrasar criança
Que apanha não consegue raciocinar
Que culpa tenho de ter nascido idiota?
Já que a minha concepção não pude
Evitar papai até que tentou o inglês
Ensinar-me mas já era tão
Estúpido que nada soube aprender
Até o próprio português mal porcamente
Consigo falar quanto mais então escrever
Entender mas sigo a vida tentado do
Mais não quero saber só teimar em escrever
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