Sou um amontoador de pedras
Aquele que pelos caminhos amontoa
Numa espécie de charrua
Com duas aivecas
De ideias vagas perdidas
Vãs supérfluas
Que não servem nem
Para amontoar a terra
Plantar um ideal
Um pensamento amorado
Alma da cor da amora
Mente roxa sufocada mórbida
Não adianta amoralizar a memória
Tornar amoral o carácter
Desmoralizar o ser
Tem que manter a amorança
Decidida inclinação para amores
Namores de paixões violentas
Tórridas de quentes temperanças
Ser namorado apaixonado
Dado a amorançado eternamente
Até que a internet nos separe
Ter que nos amorar nos sites
Esconder nas home-page
Ocultar no virtual
Que a vida o tempo
Só nos fazem amorcegar
Tal tomar ou deixar na era
Um veículo em marcha
Subir ou saltar em movimento
Como o peixe amoré d'água doce da
Família dos Gobiídeos amorepinima
Nome comum da amoreia amorepixuna
Está aí a minha amostração do nada
A minha exibição amórfica da prece
Que não tem forma amorífica determinada
Mas que encerra e que provoca amor
Mesmo ao estar a causa humana perdida
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