terça-feira, 4 de setembro de 2018

Às vezes paro e pergunto-me o que sou; NL, 02501002008; Publicado: BH, 0230202010.

Às vezes paro pergunto-me o que sou
Diante dum grão de areia?
Se ao quebrar a partícula dum
Grão de areia ocorrerá o caos ao
Quebrar-me o que ocorrerá? então
Como posso ousar? como posso ter
Audácia ter fé para existir?
Façais o meu genoma identifiqueis-no
Publiqueis-no vereis que dentro
De mim encontrareis nada
A mínima partícula do grão
De areia é capaz de fazer uma
Revolução no universo revelar
Grandes coisas e eu? qual a revolução
Sou capaz de fazer? que grande coisa
Posso revelar na minha insignificância?
Que modernidade tenho diante dos
Homens? que realidade sou em
Vista da verdade? o que sei 
Do universo se não sei nada a
Respeito de mim? Sócrates andava
Descalço Diogenes vivia num barril
Sartre devolveu ou não aceitou o
Prêmio que lhe davam hoje os homens
Se vendem por migalhas valem
Muito menos do que recebem têm
Atestados de hipócritas diplomas de
Ignorantes medalhas de insensatos
Condecorações de estúpidos são todos
Taxados de imbecis agem feitos tolos
Abraçam a imprudência sei que não
Livrarei-me de minha inexistência
Nem de minha pequenez meus atos não
Resgatarão-me minhas obras também não
Engrandecerão-me espero só um dia
Dormir ninado por meu coração

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