Consegui enfim irmão
A tão esperada afloração
Está é a minha ação
De aflorar de contentamento
É o meu nivelamento espiritual
A emergência dum filão
À superfície da terra
Que se revolve com a mão
Atingi a minha extremidade
Acabou-se o afligimento
Não preciso mais me afligir
Nem ser o afligidor de alguém
Não quero ser o ser que aflige
Algum ser da humanidade
Transpus meu karma afligente
Parei meu pranto aflitivo
Agora é só afleumar meu discurso
Inflamar minhas palavras
Inchar meu ego de amor
Tornar fleumático meu ódio
Pachorrento meu tempo
Impassível tudo em mim
Calmo tranquilo sereno
Igual cobra sem veneno
Para que afleimar-me com a vida?
Impacientar-me com as coisas?
Irritar-me com as pessoas?
Zangar-me com tudo com todos?
Brigar sem motivo algum?
Não quero mais agora xingar
Só aflautar a voz abemolar
Deixá-la doce melíflua
Aflautada efeminada até
Para nunca mais meter medo
Nem mesmo nas crianças
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