Jurei não escrever de novo em vida
Só após a morte se tiver sorte psicografado
Por alguém que tenha a mediunidade
Não tive vida em vida todo dia
Conheci a morte nenhum dom azar
Rondava-me me escondia
Sempre me achava batia em minha
Porta meu coração disparava
Possuído pelo temor agonizava
Vivia em ansiedade agonia
Buscava o amor de alguém ninguém
Nunca me queria meu peito era brasa
Um inferno cheio de perturbação
Detonava toda oportunidade que buscava
Minha mão agora me cansei jurei
Depois de milhões de letras palavras
Dei a palavra de não escrever
De novo em vida após a morte quando
Um médium contactar o meu espírito
Querer alguma mensagem de mim
Psicografar tudo que deixei de
Falar quando era vivo quebrei a jura
Desrespeitei o compromisso no momento
Deixo estas linhas que depois irão para o lixo
Meus olhos quase não enxergam penso
Que brevemente estarei totalmente cego
Talvez seja esta a única maneira
Dalgum dia encontrar a luz
Tateei muito pelas trevas
Senti o frio que sente o cadáver
Agora neste retorno inglório com
Este lamento refletido de lamuria
Estes versos de sangue coagulado
Tudo porque não sei ser dissimulado
Quando mando mensagens doutro lado
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